Vfend® é um agente antifúngico triazólico de amplo espectro para uso sistêmico.

Indicações: tratamento de aspergilose invasiva; de infecções invasivas graves por Candida, incluindo candidemia e candidíase esofágica (inclusive as causadas por C. krusei); infecções fúngicas graves causadas por Scedosporium spp. e Fusarium spp. Deve ser administrado principalmente a pacientes com infecções progressivas e passíveis de causar a morte.

Contraindicações: pacientes com hipersensibilidade conhecida ao voriconazol ou a qualquer componente da fórmula; co-administração de substratos do CYP3A4, como terfenadina, astemizol, cisaprida, pimozida, quinidina ou alcalóides do ergot; co-administração com rifampicina, carbamazepina, barbitúricos de longa ação (ex.:fenobarbital), sirolimo, ritonavir e efavirenz.

Advertências e precauções: prescrição a pacientes com hipersensibilidade a outros agentes azólicos deve ser feita com cautela. Cardiovascular: foram relatados casos raros de torsade de pointes em pacientes em tratamento com Vfend® que apresentavam fatores de risco, como histórico de quimioterapia cardiotóxica, cardiomiopatia, hipocalemia e em tratamento com medicações concomitantes que podem contribuir. Vfend® deve ser administrado com cautela a pacientes com condições potenciais para o desenvolvimento de arritmia, como: prolongamento do intervalo QT congênito ou adquirido; cardiomiopatia, em particular na presença de insuficiência cardíaca; bradicardia sinusal; arritmias sintomáticas existentes; medicações concomitantes conhecidas por prolongar o intervalo QT. Distúrbios eletrolíticos como hipocalemia, hipomagnesemia e hipocalcemia devem ser monitorados e corrigidos, se necessário, antes do início e durante o tratamento com Vfend®. Toxicidade hepática: ocorreram reações hepáticas transitórias, incluindo hepatite e icterícia em pacientes sem outros fatores de risco identificáveis. A disfunção hepática foi normalmente reversível com a descontinuação do tratamento. Recomenda-se que os pacientes durante o tratamento sejam monitorados com regularidade quanto à função hepática, particularmente com testes da função hepática e bilirrubina. Eventos adversos renais: foi observada insuficiência renal aguda em pacientes em estado grave submetidos ao tratamento. Os pacientes devem ser monitorados quanto ao desenvolvimento de alterações na função renal. Reações dermatológicas: caso haja desenvolvimento de rash, os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente e Vfend® deve ser descontinuado no caso das lesões progredirem. Vfend® não foi comumente associado a reações de fotossensibilidade cutânea, especialmente durante tratamento prolongado. Recomenda-se que os pacientes sejam informados a evitarem exposição à luz solar direta de forma intensa e prolongada durante o tratamento. Atenção: Vfend® pó para suspensão oral contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.

Uso durante a gravidez e lactação: categoria C de risco de gravidez. Vfend® não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, a menos que o benefício para a mãe supere claramente o risco potencial para o feto. As mulheres com potencial para engravidar devem sempre utilizar um método contraceptivo eficaz durante o tratamento. Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas: voriconazol pode causar alterações transitórias e reversíveis na visão; por isso deve-se evitar tarefas potencialmente perigosas, como dirigir ou operar máquinas, enquanto estiverem apresentando estes sintomas. Não dirigir à noite durante o tratamento com voriconazol. Interações medicamentosas: quando o tratamento for iniciado em pacientes que já estejam recebendo ciclosporina, recomenda-se que a dose de ciclosporina seja reduzida pela metade e que o nível de ciclosporina seja cuidadosamente monitorado. Quando o tratamento for iniciado em pacientes que já estejam recebendo tacrolimo, recomenda-se que a dose de tacrolimo seja reduzida para 1/3 da dose original e que o nível de tacrolimo seja cuidadosamente monitorado. Quando o voriconazol for descontinuado, os níveis de tacrolimo ou ciclosporina devem ser cuidadosamente monitorados e a dose aumentada, conforme a necessidade. Recomenda-se cuidadosa monitoração do tempo de protrombina, quando a varfarina e o voriconazol forem co-administrados. Se pacientes recebendo derivados cumarínicos forem tratados simultaneamente com voriconazol, o tempo de protrombina deve ser monitorado em curtos intervalos de tempo e o regime posológico dos anticoagulantes deve ser ajustado apropriadamente. Recomenda-se cuidadosa monitoração da glicemia, durante a co-administração de voriconazol e sulfoniluréias. Recomenda-se que um ajuste da dose de estatinas e benzodiazepínicos seja considerado, durante a co-administração com voriconazol. O voriconazol pode aumentar as concentrações plasmáticas de alcalóides da vinca e levar a neurotoxicidade, portanto recomenda-se o ajuste de dose de alcalóides da vinca. O uso concomitante de voriconazol e fenitoína deve ser evitado, a menos que o benefício supere o risco. Se os benefícios superarem os riscos, a co-administração de rifabutina com voriconazol pode ocorrer se a dose de manutenção do voriconazol for aumentada adequadamente. Quando o tratamento com voriconazol for iniciado em pacientes que já estejam recebendo o omeprazol, recomenda-se que a dose de omeprazol seja reduzida à metade. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto à qualquer ocorrência de toxicidade ao fármaco e/ou perda de eficácia durante a co-administração do voriconazol e de inibidores de protease do HIV ou voriconazol e INNTRs (inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa).

Reações adversas: febre, cefaléia, dor abdominal, hipotensão, tromboflebite, náusea, vômitos, diarréia, queilite, lombalgia, trombocitopenia, anemia, leucopenia, pancitopenia, edema de face, prurido, alopecia, dermatite esfoliativa, púrpura, edema periférico, tontura, alucinações, confusão, depressão, ansiedade, tremor, agitação, parestesia, síndrome de angústia respiratória, edema pulmonar, sinusite, rash, hipocalemia, hipoglicemia, calafrios, astenia, dor no peito, síndrome gripal, creatinina elevada, insuficiência renal aguda, hematúria, distúrbios visuais (são freqüentes, temporários e totalmente reversíveis). Eles envolvem percepção visual alterada/aumentada, visão embaçada, alterações de percepção de cores ou fotofobia. Foram relatadas reações de fotossensibilidade especialmente em tratamentos de longo prazo. O voriconazol tem sido comumente associado a casos de toxicidade hepática grave em pacientes com outras condições graves de base. Isto inclui casos de icterícia e casos de hepatite e insuficiência hepática que ocasionaram óbito. Reações relacionadas com a infusão: em indivíduos sadios ocorreram reações do tipo anafilactóide, incluindo rubor, febre, transpiração, taquicardia, opressão torácica, dispnéia, desmaios, náuseas, prurido e rash, imediatamente após a infusão (vide bula completa).

Posologia:

Vfend® IV – deve ser reconstituído e diluído antes da administração por infusão intravenosa (vide bula completa do produto). Não administrar por injeção em “bolus”.

Adultos e Crianças de 2 a < 12 anos de idade:

Tratamento de aspergilose invasiva e infecções causadas por Scedosporium e Fusarium: regime de dose de ataque (primeiras 24 horas): 6 mg/kg a cada 12 horas. Dose de manutenção (após as primeiras 24 horas): 4 mg/kg, a cada 12 horas. Ajuste de dose: se os pacientes não tolerarem o tratamento de 4 mg/kg, a cada 12 horas, reduzir a dose intravenosa para 3 mg/kg, a cada 12 horas.

Tratamento de infecções invasivas graves por Candida, incluindo candidemia: regime de dose de ataque (primeiras 24 horas): 6 mg/kg a cada 12 horas. Dose de manutenção (após as primeiras 24 horas): 3-4 mg/kg, a cada 12 horas. A duração do tratamento depende da resposta clínica e micológica dos pacientes.

Vfend® oral – deve ser administrado pelo menos uma hora antes ou uma hora após a refeição.

Adultos e adolescentes (12 a 16 anos de idade): Regime de dose de ataque (primeiras 24 horas) – Pacientes com 40 kg ou mais: 400 mg a cada 12 horas. Pacientes com menos de 40 kg: 200 mg a cada 12 horas. Dose de manutenção (após as primeiras 24 horas) – Pacientes com 40 kg ou mais: 200 mg, a cada 12 horas. Pacientes com menos de 40 kg: 100 mg duas vezes ao dia. Ajuste de dose: caso a resposta do paciente seja inadequada, a dose de manutenção deve ser aumentada para 300 mg, a cada 12 horas. Para os pacientes pesando menos de 40 kg, a dose oral deve ser aumentada para 150 mg, a cada 12 horas. A duração do tratamento depende da resposta clínica e micológica dos pacientes. Crianças de 2 a < 12 anos de idade: Regime de dose de ataque (primeiras 24 horas): 6 mg/kg a cada 12 horas. Dose de manutenção (após as primeiras 24 horas): 4 mg/kg, a cada 12 horas. Em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 50 mL/min), pelo acúmulo do excipiente SBECD, deve-se utilizar preferencialmente a formulação oral, exceto quando a avaliação de risco-benefício para o paciente justifique o uso da formulação intravenosa. Instruções para administração: vide bula completa do produto.

Superdosagem: não há antídoto conhecido para o voriconazol. É recomendado que o tratamento da superdosagem seja sintomático e de suporte. A hemodiálise pode contribuir na remoção do voriconazol e do SBECD (veículo intravenoso) do organismo.

Apresentações: Vfend® IV - embalagens contendo 1 frasco-ampola de 200 mg de voriconazol. Vfend® oral - comprimidos revestidos de 50 e 200 mg em embalagens contendo 14 unidades.