Ações terapêuticas.
Anti-histamínico, bloqueador H 1, antiemético, antivertiginoso.
Propriedades.
É um derivado da etanolamina. O mecanismo de ação pelo qual exerce seus efeitos antiemético, anticinetósico e antivertiginoso ainda não é bem conhecido, porém poderia estar relacionado com suas ações antimuscarínicas centrais. Diminui a estimulação vestibular e deprime a função labiríntica. No efeito antiemético, também pode estar relacionada uma ação sobre a zona quimiorreceptora disparadora medular. É bem absorvido por via oral; sua união às proteínas é de 98% a 99%. Tem um metabolismo hepático e uma pequena proporção é excretada, inalterada, pelo rim. Tem uma meia-vida de 1 a 4 horas e sua ação dura de 3 a 6 horas. Apresenta uma grande atividade muscarínica.
Indicações.
Profilaxia e tratamento da cinetose, profilaxia e tratamento de náuseas e vômitos; tratamento de vertigem.
Posologia.
A dose usual para adultos é de 50 a 100mg a cada 4 horas, até o máximo de 400mg por dia; a dose pediátrica é de 5mg/kg divididos em 4 vezes, sem ultrapassar os 300mg diários.
Reações adversas.
Sonolência, depressão do sistema nervoso central, espessamento das secreções bronquiais, secura na boca, nariz e garganta. Em pacientes de idade avançada é freqüente a aparição de dificuldade ou dor durante a micção. Em crianças e idosos pode ocorrer uma reação paradoxal caracterizada por excitação, nervosismo, inquietude e irritabilidade.
Precauções.
Seu uso deve ser cuidadoso quando administrado a pacientes com asma aguda, pelos seus efeitos antimuscarínicos (espessamento de secreções), e a pacientes com obstrução do colo vesical ou hipertrofia prostática, pois pode precipitar ou agravar a retenção urinária. Sua ação antiemética pode dificultar o diagnóstico de doenças, como apendicite, ou mascarar sinais de toxicidade por superdosagem de outros fármacos. Em glaucoma de ângulo aberto pode produzir um aumento da pressão intra-ocular. Não é recomendado seu uso em lactantes pelo risco de produzir excitação ou irritabilidade na criança. Não se aconselha a administração conjunta com álcool ou outros depressores do SNC e deve-se ter cuidado especial se ocorrer sonolência. Quando utilizado em profilaxia da cinetose, deve ser administrado por 30 minutos antes da exposição à ação que possa desencadeá-la.
Interações.
O uso simultâneo com depressores do SNC pode potencializar os efeitos depressores de ambos os medicamentos; a administração com inibidores da monoaminoxidase (IMAO) pode prolongar e intensificar os efeitos antimuscarínicos e depressores do SNC do dimenidrinato.
Contra-indicações.
Não deve ser administrado a pacientes com glaucoma de ângulo fechado, pois o aumento da pressão intra-ocular pode precipitar um ataque de glaucoma agudo.