Ações terapêuticas.
Antiparasitário.
Propriedades.
É um fármaco que pertence à família das tetraidroquinolinas, utilizado no tratamento da esquistossomose devido a seus efeitos sobre as formas maduras e imaturas do Schistosoma mansoni. A oxamniquina é mais ativa para eliminar os machos do que as fêmeas do parasita, no entanto as fêmeas que sobrevivem ao tratamento deixam de colocar ovos, cessando assim a progressão da doença. A oxamniquina provoca o desprendimento dos parasitas dos seus lugares de fixação no interior das veias mesentéricas e são arrastados então até o fígado onde são destruídos. Sua absorção é retardada e limitada pela presença de alimentos, portanto seria conveniente administrá-la com o estômago vazio, no entanto, isso incrementa a possibilidade de aparecimento de efeitos adversos.Após a administração oral atinge o pico plasmático em 1 a 1,5 hora. É metabolizada no fígado, seu principal metabólito é a 6-carboxi-oxamniquina (inativa), que é eliminada por via renal, junto com 0,4% a 1,9% do fármaco inalterado. A meia-vida da oxamniquina varia entre 1 e 2,5 horas. Sua atividade terapêutica é mais efetiva quanto mais precoce seja o tratamento.
Indicações.
Infecções por Schistosoma mansoni.
Posologia.
Via oral. Adultos: 15mg/kg, em uma única tomada (dose máxima 1,25g). Crianças de menos de 30kg de peso corporal: 20mg/kg, em duas tomadas de 10mg/kg cada uma, em um único dia, com um intervalo de 3 a 8 horas entre cada tomada.
Reações adversas.
Tonturas, sonolência, cefaléias, náuseas, vômitos, dor abdominal, anorexia. Raramente convulsões epileptiformes, alterações no eletroencefalograma. Elevação adicional das transaminases.
Precauções.
Administrar com precaução em pacientes com antecedentes de patologias convulsivas devido ao risco de convulsões epileptiformes. Observou-se fetotoxicidade em animais; por não existirem provas conclusivas em seres humanos, recomenda-se não usar em mulheres grávidas a menos que o benefício para a mãe supere o risco potencial para o feto. Deve-se suspender a amamentação.
Interações.
Evitar sua administração com fármacos que sofram biotransformação metábolica no fígado.
Contra-indicações.
Hipersensibilidade à oxamniquina. Insuficiência hepática ou renal. Insuficiência cardíaca descompensada. Pacientes com antecedentes convulsivos.