Apresentações.
UTROGESTAN 200mg é apresentado em caixas contendo blíster com 14 ou 15 cápsulas gelatinosas.
Composição.
Cada cápsula contém: progesterona 200mg. Excipientes: lecitina de soja, óleo de amendoim q.s.p. 1 cápsula. *Componentes da casca da cápsula: gelatina, glicerol, dióxido de titânio (E171).
Indicações.
UTROGESTAN é indicado para os distúrbios relacionados à deficiência de progesterona, como distúrbios do ciclo menstrual e amenorréia secundária (ausência de menstruação); na insuficiência lútea (diminuição de progesterona na segunda fase do ciclo), na deficiência de progesterona, na pré-menopausa e na reposição hormonal da menopausa (como complemento à terapia com estrogênio). UTROGESTAN via vaginal é indicado também na implantação do embrião e manutenção da gravidez durante o primeiro trimestre. Por via oral: menstruação irregular devido a distúrbios da ovulação; dor e outros transtornos antes dos ciclos; dor e alterações benignas da mama; sangramento; tratamento da menopausa (como um complemento à terapia estrogênica). Por via vaginal: para promover a gravidez, particularmente nos casos de: aborto de repetição; durante os ciclos de fertilização in vitro. Em todas as outras indicações ou tratamento de progesterona, a via vaginal pode substituir a via oral se ocorrerem efeitos colaterais da progesterona (sonolência, sensação de vertigem ou tonteiras).
Contra-indicações.
Este medicamento é contra-indicado em doenças graves do fígado. Hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer outro componente da formulação.
Precauções.
Prudência em casos de alterações leves ou moderadas da função hepática, uma vez que a progesterona é metabolizada no fígado. Se for necessária sua utilização, um cuidadoso monitoramento deve ser realizado. Em pacientes com disfunção renal, também deve ser realizado um monitoramento cuidadoso, pois os metabólitos da progesterona são eliminados principalmente pelos rins. As pacientes que eventualmente apresentarem muito enjôo ou tonteira, devem utilizar a medicação ao deitar.
Advertências.
Este medicamento não trata todas as causas de aborto espontâneo precoce e, particularmente, ele não tem ação sobre abortos provenientes de defeitos genéticos (o que corresponde a mais da metade das causas de aborto). Durante a gravidez, o uso de UTROGESTAN 100 ou 200mg é reservado para o primeiro trimestre e somente pela via vaginal. Durante os 2 e 3 trimestres de gravidez, se utilizado por via oral, há um risco de efeitos colaterais hepáticos. O tratamento, por recomendação, não é um contraceptivo. Se o medicamento for administrado por via oral, recomenda-se ser ingerido entre as refeições, preferivelmente à noite quando a paciente for dormir. Não administrar UTROGESTAN com alimentos (ocorre duplicação da absorção). Em todas as indicações terapêuticas, a dose recomendada deve ser estritamente respeitada. Recomenda-se tomar o medicamento entre as refeições, de preferência a noite, na hora de dormir. Mais da metade dos abortos prematuros espontâneos são devidos a complicações genéticas.Além disso, manifestações infecciosas e desordens mecânicas podem provocar abortos prematuros. Por essa razão, o único efeito da administração de progesterona seria o de atrasar a evacuação do ovo morto ou a interrupção de uma gravidez não progressiva. O uso de progesterona deve ficar restrito aos casos de deficiência do corpo lúteo. UTROGESTAN só deve ser usado na gravidez durante o primeiro trimestre e somente por via vaginal. UTROGESTAN não é um tratamento para ameaça de parto prematuro. O uso da progesterona micronizada durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez pode levar ao desenvolvimento de icterícia colestática de gravidez ou doenças hepatocelulares. Além dessa situação, nenhuma toxicidade hepática em particular foi observada durante o uso da progesterona micronizada, amplamente difundida na Europa desde 1980, inclusive no primeiro trimestre de gravidez. O tratamento, nas condições recomendadas, não é anticoncepcional. Dirigir e usar máquinas: pacientes que pretendem dirigir ou usar máquinas devem ser advertidas que poderão sentir sonolência e/ou vertigem após administração oral deste medicamento. Pacientes idosos: não há dados que indiquem a necessidade do ajuste de dose para a paciente idosa. Gravidez - amamentação: nenhuma relação entre a progesterona e malformações fetais foi observada durante diversos estudos epidemiológicos em mais de mil pacientes.
Interações.
Informe seu médico caso esteja utilizando ou tenha utilizado recentemente quaisquer outros medicamentos. O uso crônico de barbitúricos, carbamazepina, hidantoínas ou rifampicina pode diminuir a eficácia de UTROGESTAN. Por outro lado, UTROGESTAN pode potencializar ou efeitos farmacológicos da ciclosporina, teofilina ou b-bloqueadores. Os testes com metirapona podem ser alterados, assim como as determinações do pregnanediol e testes de função tireoidiana (decréscimo dos níveis de T3).
Reações adversas.
Como qualquer medicamento, UTROGESTAN 200mg pode causar efeitos colaterais. Somente com administração por via oral os seguintes efeitos colaterais foram observados: foram observados com menor freqüência: cefaléia, fadiga, náusea, prurido ou rash, depressão, sangramento de escape. Mais freqüentemente pode ocorrer sonolência e tonteira em alguns pacientes, de 1 a 3 horas após a ingestão deste produto. Nesse caso, a dose por ingestão deve ser reduzida, ou readaptada (por exemplo: para uma dose diária de 200mg, tomar os 200mg numa única ingestão, ao dormir, distante de uma refeição), ou a via vaginal deve ser adotada. Em todos os casos, não exceder o máximo de 200mg por dose. Em caso de sinais de superdosagem, consulte seu médico para reajuste do tratamento. Reações alérgicas podem ocorrer devido à presença de óleo de amendoim e lecitina de soja (tais como: urticária, reação alérgica generalizada). Por via vaginal não foram notadas intolerâncias locais (corrimentos gordurosos, pruridos ou irritação) nos diversos estudos clínicos.
Posologia.
No caso do uso por via oral, este medicamento deve ser tomado com um copo de água, longe das refeições (estômago vazio) preferivelmente à noite antes de dormir. Se utilizado por via vaginal cada cápsula deve ser introduzida profundamente na vagina. Respeitar estritamente as posologias preconizadas. Em média, a dose é de 200mg a 400mg de progesterona ao dia, que pode ser dividida em duas tomadas, uma pela manhã e outra à noite, ao deitar. Doses maiores que 200mg devem ser fracionadas: 200mg 2 horas após o desjejum e 200mg à noite, ao deitar. Qualquer que seja a indicação ou via de administração (oral ou vaginal), a dose não deve exceder 200mg por vez. Via oral: na insuficiência de progesterona, a dosagem média é de 200mg de progesterona micronizada por dia.. Este medicamento deverá ser tomado com um copo d’água, longe das refeições (estômago vazio), preferivelmente à noite antes de dormir. Em insuficiência lútea (síndrome pré-menstrual, mastopatia benigna, menstruação irregular, pré-menopausa) o regime de tratamento usual é de 200mg por dia: 200mg em dose única antes de dormir; 10 dias por ciclo, habitualmente do 17 dia ao 26 dia, inclusive. Em terapia de reposição hormonal para menopausa, a terapia estrogênica isolada não é recomendada (risco de hiperplasia endometrial). Conseqüentemente, a progesterona é combinada em dose de 200mg por dia, da seguinte forma: dose única de 200mg à noite antes de dormir, de 12 a 14 dias por mês, ou nas últimas duas semanas de cada seqüência do tratamento. Na dose de 200mg é comum observar-se um sangramento de privação após o uso da progesterona. Em todas indicações a via vaginal pode ser utilizada, nas mesmas dosagens da via oral, em casos de efeitos colaterais devido a progesterona (sonolência após absorção oral). Via vaginal: cada cápsula gelatinosa deve ser introduzida profundamente na vagina.Suporte de progesterona durante a insuficiência ovariana ou carência ovariana completa de mulheres com diminuição da função ovariana (doação oócito). O regime de tratamento (como um complemento para a terapia adequada de estrogênio) é o seguinte: 200mg de progesterona micronizada do 13 ao 25 dia do ciclo, em uma ou divididos em duas doses e, em seguida; do 26 dia do ciclo ou no caso de gravidez, esta dose pode ser elevada para o máximo de 600mg por dia divididos em 3 doses. Esta dosagem será continuada até o 60 dia e, por conseguinte, não posteriormente à 12 semana de gravidez. Suplementação da fase lútea (segunda fase do ciclo menstrual) durante ciclos de fertilização in vitro: a dosagem recomendada é de 400 a 600mg por dia, divididos em duas a três doses, do dia da injeção HCG até a 12 semana de gravidez.Suplementação da fase lútea (segunda fase do ciclo menstrual) durante ciclos espontâneos ou induzidos, em caso de subfertilidade ou esterilidade primária ou secundária particularmente devido à anovulação: a dosagem recomendada é de 200 a 400mg por dia, divididos em duas doses, a partir do 17 dia do ciclo, durante 10 dias. O tratamento será rapidamente reiniciado se a menstruação não ocorrer novamente e, sendo diagnosticada uma gravidez, até a 12 semana desta. Ameaça de aborto precoce ou prevenção de aborto comum devido à insuficiência lútea: a dosagem recomendada é de 200 a 400mg por dia divididos em duas doses até a 12 semana de gravidez. Seu médico determinará qual a via de administração - oral ou vaginal - mais apropriada para o seu caso e, ainda, poderá modificar a dose e a duração do tratamento de acordo com a indicação considerada e a eficácia do medicamento.