Ações terapêuticas.

Antiepiléptico.

Propriedades.

É um antiepiléptico que possui uma ação inibitória modesta sobre a anidrase carbônica in vitro. A atividade farmacológica deste derivado benzisoxazólico foi avaliada em numerosos modelos experimentais com crises convulsivas induzidas ou inatas, tendo sido comprovado seu efeito antiepiléptico de amplo espectro. A zonisamida evita as crises e limita sua extensão e propagação, desde o córtex até as zonas subcorticais, inibindo a atividade do foco epileptogênico. Além disso, tem um efeito modulador sobre a inibição neuronal mediada por GABA. Após sua administração oral a absorção é completa, calculando-se que sua biodisponibilidade é da ordem de 100%. Apresenta uma moderada taxa de ligação a proteínas plasmáticas (40- 50%), é metabolizada através da decomposição redutora do anel benzisoxazólico pela ação da isoenzima CYP3A4, e sua principal via de eliminação é a urinária.

Indicações.

Epilepsia com crises parciais, com ou sem generalização secundária.

Posologia.

O fármaco deverá ser adicionado a uma terapia existente e a dose deverá ser ajustada individualmente. Recomenda-se iniciar com 25 mg e 2 vezes ao dia; dentro de uma semana a dose poderá ser aumentada para 100 mg/dia. As doses de 300-500 mg/dia mostraram-se eficazes na maioria dos pacientes.

Reações adversas.

Foram registrados sonolência, enjôos, anorexia, ataxia, irritabilidade, confusão, diplopia, transtornos da memória, náuseas, diarréia, dores abdominais, exantema, pirexia, perda de peso.

Precauções.

Caso o emprego de zonisamida seja suspenso, a retirada do fármaco deverá ser realizado de forma gradual, da mesma maneira que para outros anticonvulsivantes. Deve-se empregar com precaução em pacientes que estejam sob tratamento com inibidores da anidrase carbônica (como o topiramato) e com anticolinérgicos, visto que houve observações de aumento da temperatura corporal, quadros de insolação e diminuição da sudoração. Recomenda-se realizar controles periódicos da atividade hematopoiética, hepática, pancreática (lipase, amilase) e os marcadores de dano muscular (aldolase, CPK). Deve-se recomendar precaução para pacientes que utilizam máquinas perigosas ou conduzem veículos.

Interações.

A associação com rifampicina (indutor de CYP3A4) impõe necessidade de monitoramento da dose do antiepiléptico.

Contra-indicações.

Hipersensibilidade ao fármaco ou a sulfonamidas. Gravidez.